sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Conto de Fadas Prisioneiro

Perto da origem de um sentimento pintado de preto, vou nadando por um lago de lágrimas que não foram choradas. E fogo gélido que consome meu ar, estou morrendo, me pegue pela mão e me condene a mais um dos teus beijos fortes, ácidos. Romanticamente mais um mergulho, estou imerso na minha culpa, no seu charme. Qual é a sua verdade? Você sente muito, SENTE MUITO?! NÃO! Você é uma mentira. As notas fluem no piano, musicando o prólogo. Uma lágrima viaja pela minha face, rachando-a. por tua causa só sobrou mágoa e uma vaidade ordinária. No que eu me tornei? Aquela criatura amena que gira o carrossel, um fator monocromático no ambiente... Escorrego por entre seus fluidos podres, atiro seu coração n'água: seu amor vai morrer afogado logo logo, você pode ir também.
Pois eu já fui há muito tempo, consigo me mostrar o ser mais vazio do mundo. Nem dor, nem amor, nem ódio, nem rancorm nem tristeza, NADA EXISTE EM MIM!
E você?
O inverno mora aí.
O piano industrialmente vai tocando o desenvolvimento dessa narrativa ou seria uma dissertação? Uma dissecação dos nossos corpos define melhor essa leitura, essa comédia. Os personagens se movem roboticamente mortos, almas vagas, demônios, minhas sombras. Triangular é a minha mente, meu encanto, meu pranto. Não choro por ti, isso nunca acontecerá, choro pela minha pobre condenação negra. Que se vá.
E por favor não volte nunca mais: com o seu retorno, não terei permissão para ressurgir.

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